Segundo o presidente da CNM/CUT, promessa de campanha do presidente Lula traz justiça social ao país e trabalhadores precisam se mobilizar e pressionar Congresso para aprovação da medida
Para a CNM/CUT, a proposta do governo federal de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil representa, na prática, um aumento real de salário no bolso dos metalúrgicos e metalúrgicas em todo país.
Segundo dados da subseção do Dieese da FEM-CUT/SP, o aumento da faixa de isenção para R$ 5 mil fará com que 1,05 milhão de metalúrgicos em todo o Brasil deixem de pagar o IR, ou seja, 78,5% da categoria em território nacional. Atualmente, apenas 774 mil são beneficiados.
A mudança, anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite da última quarta-feira (27), faz parte de um pacote de medidas econômicas visando cortes de gastos na economia do país para os próximos anos que ainda precisam passar por votação no Congresso Nacional. A nova faixa de isenção do IR começaria a valer a partir de 2026.
“A isenção do Imposto de Renda de R$ 5 mil ela é estrategicamente para os metalúrgicos um aumento real de salário. Quer dizer, você coloca dinheiro no bolso de 78,5% da categoria, você tem mais de 1 milhão de trabalhadores que vão ser beneficiados com essa questão da isenção do imposto de renda”, afirmou o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira.
O dirigente recorda que a isenção era uma promessa feita pelo presidente Lula ainda na campanha eleitoral em 2022.
“Você dá oportunidade para que as pessoas com essa arrecadação que fica no seu bolso possam consumir no seu local com esse dinheiro, viver com a sua família, gastar onde achar que tem que gastar com alimentação, com investimento, com lazer, quer dizer, o comércio local ganha, a economia ganha, então é importante é essa essa isenção que é a estratégia para país distribuir renda. Quem ganha menos paga menos e quem ganha mais tem que pagar mais, é a justiça social”, enfatizou Loricardo.
O presidente da CNM/CUT destacou que agora é papel dos trabalhadores e trabalhadoras nas bases debater a proposta de isenção, mostrar os ganhos que ela traz para quem está no chão de fábrica e firmar um compromisso para pressionar o Congresso Nacional a fim de aprovar a proposta do governo.
“O que o governo Lula está colocando para os trabalhadores é a perspectiva de um futuro melhor, de justiça social. Por isso é fundamental que os sindicatos falem sobre o assunto nas suas bases, conversem nas fábricas e mostrem a importância do que é isso, do quanto isso é significativo para os trabalhadores. E agora é batalhar para garantir que o Congresso Nacional aprove a isenção, é momento de pressionar o parlamento para garantir essa conquista”, finalizou o dirigente.
* Com informações da FEM-CUT/SP