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Metalúrgicos da GM aprovam acordo e suspendem greve

Sindicatos da categoria destacam vitória na mobilização contra 1.244 demissões em três fábricas

São Paulo – Depois de 17 dias, terminou nesta quarta-feira (8) a greve dos trabalhadores nas unidades da General Motors (GM) em São Caetano Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Em assembleias, os metalúrgicos aprovaram proposta de acordo negociada entre sindicatos e empresa nos dois dias anteriores. Mas as conversas devem continuar para discutir, principalmente, a manutenção dos postos de trabalho nessas fábricas.

Segundo o sindicato de São José, o acordo condiciona a suspensão da greve ao pagamento dos dias parados e licença remunerada para quem havia sido demitido. “Também foi aprovado aviso permanente de greve, ou seja, caso a empresa não cumpra o acordo aprovado, a paralisação será retomada”, informam os metalúrgicos.

Demissões por telegrama de metalúrgicos pela GM

A montadora havia demitido – por telegrama – 1.244 trabalhadores a partir de 21 de outubro. Foram 839 em São José, 300 em São Caetano e 105 em Mogi. Sindicalistas conseguiram liminares na Justiça do Trabalho cancelando os cortes e determinando a reintegração. A GM recorreu à instância superior (Tribunal Superior do Trabalho), mas não conseguiu reverter a decisão. Decidiu, então, cancelar as demissões e abrir negociação com os três sindicatos envolvidos.

Em reuniões realizadas na segunda-feira e ontem, os negociadores da GM resistiriam a aceitar o pagamento dos dias parados na greve. “As negociações continuarão nos próximos dias para busca de alternativas que evitem futuras demissões. Uma comissão de sete trabalhadores foi formada e aprovada em assembleia para acompanhar as reuniões”, diz ainda o Sindicato dos Metalúrgicos de São José

“A conquista do pagamento dos dias parados e do cancelamento das demissões foi fruto dessa grande luta, que uniu os trabalhadores das três fábricas e mostrou nossa força. Mas não vamos baixar a guarda: em qualquer movimento da empresa no sentido de colocar em risco empregos e direitos, a greve será retomada”, afirmou o vice-presidente do sindicato, Valmir Mariano.

Fonte: Rede Brasil Atual

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